Mobil Homes: do século XIX à atualidade (2024)

A história das casas revolucionárias que prometem adaptar-se a diversos locais e funções.

Ouvimos falar de Mobil Homes há já mais de 150 anos, verdadeiras casas mas construídas em fábricas, que permitem reduzir os tempos de execução em 40% e são mais conhecidas, hoje em dia, pela sua utilização diversificada, podendo ser usadas como habitação, escritório ou mesmo alojamento turístico. Com uma construção rápida e eficaz, as suas vantagens são muitas e estão comprovadas.

No entanto, em Portugal, estas casas pré-fabricadas - apesar da evolução favorável dos últimos anos - ainda não são uma escolha óbvia. A equipa MSRI preparou, assim, um artigo para que possa ficar a conhecer melhor a história destes modelos e as características que deve procurar, caso esteja a pensar adquirir e personalizar uma Mobil Home.

→ Do século XIX à atualidade:

Apesar de não existir uma data exata para o início das casas pré-fabricadas, acredita-se que um dos primeiros edifícios em Cape Ann, Massachusetts, em 1624, foi parcialmente fabricado e movido pelo menos uma vez.

No entanto, uma das primeiras grandes referências deste tipo de casas é a "Cabana de Manning". Henry Manning, um carpinteiro londrino, construiu uma casa por partes em 1837 e despachou-a para a Austrália, onde foi montada. Tendo resultado, a ideia desenvolveu-se com novos projetos e, o ano de pico para a importação destes edifícios portáteis aconteceu em 1853, quando várias centenas foram instaladas. Algumas dessas casas ainda se encontram de pé hoje em dia.

O grande boom ocorreu, no entanto, alguns anos mais tarde, em 1908 e nos Estados Unidos, quando a empresa americana Sears Roebuck & Co. começou uma verdadeira revolução no mercado imobiliário, com o lançamento de catálogos de residências que podiam ser personalizadas de acordo com a vontade do consumidor.

De 1908 a 1940, esta empresa ofereceu um catálogo anual de casas pré-fabricadas numa ampla variedade de estilos e tamanhos, desde modelos muito simples e pequenos até verdadeiras mansões.

Já em 1955, começaram a ser fabricadas casas modulares transportáveis, que nasceram em resposta às restrições dos Estados Unidos às “Casas sobre rodas”.

Estes modelos, transportados em plataformas de camiões fazem com que o uso de uma grua seja necessário para poder instalá-las permanentemente no local escolhido, o que resulta numa estrutura mais robusta e resistente e muito usada, ainda hoje em dia.

Mais tarde, em 1975, nasceram as casas pré-fabricadas que mais se assemelham à conceção atual: as Casas Modulares.

Mobil Homes: do século XIX à atualidade (1)

Concebidas pelo arquiteto Paul Rudolph, foram inspiradas nos princípios de contentores marítimos e são concebidas de forma modular, o que as torna facilmente transportáveis.

Chegando ao destino quase totalmente concluídas, permitem ainda uma união entre diversos módulos o que, funcionando quase como um puzzle, permite que estes modelos sejam expansíveis, adequando-se facilmente aos mais diversos locais e utilizações.

Atualmente, as casas pré-fabricadas têm ganho grande destaque no mercado imobiliário, fator que aumentou devido à pandemia de coronavírus, que fechou muitas famílias em apartamentos e as levou a repensar e demonstrar interesse em soluções personalizáveis e disponíveis para quase todos os gostos e orçamentos .

Os tempos de construção, personalização e realocação tornam-nas muito atrativas.

Com desenhos aperfeiçoados e tempos de construção, personalização e realocação bastante atrativos, torna-se mais simples a possibilidade de criar uma confortável casa no campo, um espaço para escritório ou mesmo complementar uma casa com um ginásio.

→ As Mobil Homes

As Mobil Homes, ou casas móveis, são casas pré-fabricadas que podem ser realocadas sem a necessidade de serem desmontadas.

Sendo possível movê-las de um lugar para o outro com a ajuda de um reboque, ao contrário de outras casas modulares, não exigem fundações, o que reduz ainda mais os seus custos.

Por serem transportáveis, o ideal é que tenham um só andar, uma vez que, quanto maior o tamanho, mais difícil é a deslocação.

Não sendo tão espaçosas quanto uma casa tradicional pode ser, algumas ganham pela qualidade da sua construção e pelos materiais utilizados, que as tornam tão ou mais confortáveis do que muitas das casas atuais.

A diretora comercial da MSRI indica que “os materiais utilizados passam por isolantes, como lã de rocha ou poliuretano expandido, madeira para formar as armações leves e perfis metálicos galvanizados para a estrutura. Nas fachadas, os materiais mais utilizados são as folhas de PVC, devido à sua manutenção zero, o fibrocimento, a madeira tratada em autoclave ou o painel sandwich. E todas as casas móveis são fabricadas fábrica, com ambiente controlado, o que também reduz o tempo de fabrico e permite uma maior segurança no trabalho, conseguindo-se um produto de maior qualidade e sem contratempos.”

Mobil Homes: do século XIX à atualidade (2)

Uma dúvida bastante comum é, também, a vida útil destas casas. Com uma média de 15 a 20 anos, pode chegar aos 40, se for feita uma manutenção boa e regular.

Com uma utilização variada que passa por famílias que as adquirem e colocam em Parques de Campismo para fins de semana e épocas de verão, a casais jovens que as compram para residência habitual a um valor bastante mais baixo do que o mercado normal, a empresários que criam complexos de escritórios ou alojamento local, muitas vezes rural, a imaginação acaba por ser um dos poucos limites a estes modelos. Se quiser conhecer alguns dos modelos disponíveis na MSRI, por favor, consulte o nosso website em https://www.mobilhomes.msri.pt/

Se ficou com alguma questão que gostava de ver respondida, contacte a nossa equipa, sem compromisso.

Mobil Homes: do século XIX à atualidade (2024)
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Name: Reed Wilderman

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Job: Technology Engineer

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